O Sistema de Progresso é uma das 7 maravilhas do método escutista. Sabe mais
O Sistema de Progresso, procura envolver de forma consciente cada jovem no seu próprio desenvolvimento.
Este é a principal ferramenta de suporte à progressão pessoal,
assentando numa perspectiva personalista, considerando as características
individuais de cada um, e baseando-se num conjunto de objectivos educativos.
O Sistema de Progresso permite, atingir os objectivos educativos da Secção [adquirir conhecimentos, competências e atitudes], sendo um factor de motivação para o jovem [ser e fazer melhor], sendo por isso, um guia no seu percurso de desenvolvimento e uma oportunidade para aprofundar habilidades, para valorização pessoal ou até mesmo para descoberta vocacional. O Sistema de Progresso impulsiona o jovem a adquirir hábitos de análise e planeamento da sua vida.
A passagem dos jovens por uma Secção é distribuída em duas grandes fases – a integração e a vivência.
Todos os jovens são diferentes em diversos aspectos (idade, contextos familiares e escolares, níveis de desenvolvimento, aptidões e dificuldades), pelo que poderão estar em estados de desenvolvimento pessoal diferentes.
Assim, logo ao chegar a uma Secção, o jovem deve ser sujeito a um diagnóstico inicial, pelo qual se afere o respectivo grau de maturidade e, em consonância, se define que objectivos educativos ele já cumpre e qual a equivalência que será atribuída em termos de etapa de progresso.
A responsabilidade do diagnóstico inicial é do Chefe de Unidade, o qual o deve realizar, conforme a idade e maturidade do jovem. Para este diagnóstico inicial, deve realizar uma conversa informal com o próprio jovem, com os respectivos pais e com a colaboração do respectivo Guia, bem como através da observação do jovem durante as primeiras actividades, podendo-se, ainda, recorrer a dinâmicas e jogos específicos para o efeito.
Este procedimento é crucial para a posterior escolha dos trilhos a desenvolver, uma vez que esta escolha deve ter em
consideração as necessidades de desenvolvimento do jovem.
O aspirante ou noviço deverá ser incentivado a escolher, anualmente, um trilho por área de desenvolvimento pessoal
onde as suas necessidades de desenvolvimento sejam mais prementes, e a concretizá-los em acções concretas.
A adesão a uma secção, regista-se em dois momentos distintos – a adesão informal e a adesão formal.
A adesão informal, inexistente na Alcateia, inicia-se no princípio do último trimestre da vivência escutista na Unidade precedente. Neste período, o jovem continua a pertencer e a viver em pleno as dinâmicas da sua Unidade. Porém, para que se vá familiarizando, de forma informal, com a Secção seguinte, vai sendo convidado a conhecer a respectiva sala, Equipa de Animação e elementos, modo de funcionamento, uma pequena actividade; num esquema participado e protagonizado, sobretudo, pelos Guias da Secção que os irá receber.
Com a passagem de Secção, no início do ano escutista, tem então início a adesão formal, recebendo o aspirante ou noviço, de imediato, a respectiva insígnia de adesão.
O objectivo da adesão formal é o de valorizar a tomada de consciência individual do aspirante ou noviço sobre o funcionamento da Unidade, a vivência quotidiana das actividades típicas, a mística e a simbologia, bem como os compromissos que se esperam na nova Secção. É com base nessa tomada de consciência individual que cada aspirante ou noviço toma, por si, a decisão de se propor a aderir à Secção, o que se concretizará com o acto da sua Promessa.
A decisão de adesão dos aspirantes e noviços é tomada nos Conselhos de Guias, sendo posteriormente validada nos Conselhos de Unidade.
A Promessa, momento marcante da vida de cada Escuteiro e acto que concretiza a adesão de cada criança ou jovem a mais uma etapa do seu desenvolvimento pessoal deve ocorrer no prazo de dois meses.
Celebrada a Promessa, a criança ou jovem entra na fase da vivência da Secção. A proposta de progresso assenta na aquisição de conhecimentos, competências e atitudes, com base nas três vertentes do saber – o saber-saber, o saber-fazer e o saber-ser. Pretende-se que a dinâmica de progresso vá de encontro aos objectivos definidos para os trilhos, no quadro das áreas de desenvolvimento pessoal. Assim, progredir significará atingir objectivos, ao invés de aumentar o nível de proficiência em conhecimentos, competências e atitudes já anteriormente obtidos.